Khosrow e Shirin – Tulipa Negra

“Era comum ouvir-se falar na tulipa negra, uma flor rara e preciosa. Segundo uma lenda persa, uma moça chamada Ferhad apaixonou-se por um rapaz chamado Shirin. Vendo seu amor rejeitado, Ferhad fugiu para o deserto. Ao chorar de saudades e tristeza, cada uma das suas lágrimas, ao tocar a areia, transformava-se numa linda tulipa negra”.

Khosrow e Shirin (Shirin va Khusraw خسرو و شیرین) é o título de vários poemas épicos persas escritos no século XII. A narrativa essencial é uma história de amor de origem persa, que é encontrada em grandes poemas da obra “Shahnameh” e que se baseia em dados históricos que foram elaborados e romantizados pelos poetas persas posteriormente. Variantes da história também foram encontradas sob os títulos “Khosrow e Farhad”, “Farhad e Shirin” e “Dilan e Perry” (em persa: دیلان و پری).

 

De onde vem o Ópio?


O ópio (“suco” em grego) é obtido a partir de um líquido leitoso da cápsula verde da papoula (papaver Somniferum), planta que cresce naturalmente na Ásia. É também chamada de “dormideira”, sendo originária do Mediterrâneo e Oriente Médio. É utilizado pela medicina como analgésico, mas pode causar dependência no organismo. O dependente fica magro, com a cor amarela e tem sua resistência às infecções diminuída.

Muita gente costuma se confundir, dizendo que o Ópio vem da Tulipa, devido a semelhança das flores. Fui então pesquisar sobre o assunto.

Homem em plantação de Papoula no Afeganistão

A Papoula, em alguns lugares, é até chamada de “Tulipa de Ópio”

Plantação de Papoula

Mas ao observar de perto, vê-se que as duas flores tem lá suas particularidades, como a quantidade de pétalas, o formato e tamanho do miolo, e a aparência das folhas.

Papoula do ópio e Tulipa

Criação de novas cores

No passado haviam diversas técnicas para alterar as cores das tulipas, alterando naturalmente as camadas superiores e mais baixas dos pigmentos da flor. Foram criadas variadades históricas pelos tulipomaníacos holandeses, estes, infectavam tulipas com vírus “potyvirus”, “aphids” de pessegueiros e “persicae de myzus”, produzindo flores fantásticamente bonitas, porém fazia com que a planta infectada morresse rapidamente.

Atualmente, estas técnicas virais para modificações das cores das tulipas foram erradicadas completamente, e é possível obter cores variadíssimas, inclusive a cor negra, tarefa biologicamente muito difícil, mas obtida através dos offsets (enxertos) ou sementes. Se a planta é geneticamente clone da planta pai, o offset é a única maneira de ampliar o estoque para o cultivo de uma cor específica de tulipas, a Tulipa Negra, por exemplo.

Entretanto, os produtores de tulipas devem ser muito pacientes, qualquer inovação em uma cor padrão da tulipa exige estudo e inúmeros testes de laboratórios para se obter uma cor específica.